Carlos Nobre, pesquisador, climatologista e cientista sênior no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) foi integrado à seleta comunidade de pesquisadores e ativistas socioambientais chamada de Guardiões Planetários (do inglês, Planetary Guardians). Referência mundial em estudos sobre as mudanças climáticas, ele é o primeiro brasileiro a compor o grupo. Um de seus principais objetivos é a mitigação dos impactos do efeito estufa e a proteção das populações mais vulneráveis ao desequilíbrio ambiental.
Em 2007, Carlos Nobre fez parte da equipe internacional de cientistas que recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu papel de alertar sobre as consequências do aquecimento global e a dedicação à luta pela preservação ambiental. Atualmente, ele se dedica ao desenvolvimento de um novo modelo econômico que permita a manutenção da floresta amazônica em pé, aliando o uso de novas tecnologias ao conhecimento dos povos tradicionais da região, o Projeto Amazônia 4.0.
O Brasil na presidência rotativa do G20
Ao assumir pela primeira vez a presidência rotativa do G20, o Brasil vai sediar em setembro deste ano o encontro da cúpula de chefes de Estado e de Governo cujo objetivo é discutir temas globais como mudanças climáticas e transição energética. Em 2025, outro encontro internacional acontecerá em terras brasileiras, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) 30. Dois momentos cruciais para a discussão ambiental em nível global na qual o Brasil detém protagonismo.
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“É muito importante que a comunidade científica global, a população, as sociedades e os governos reconheçam que o Brasil tem avançado na sua ciência ambiental e climática. Imagino que eu fui indicado e aprovado para o Planetary Guardians pelo fato de ter dedicado mais de 40 anos da minha carreira científica à Amazônia”, disse Nobre, sobre esse momento, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.