Bioma brasileiro que ocorre principalmente na região Nordeste, a Caatinga abrange 11% do território do país e que possui mais de quatro mil espécies nativas — delas, 30% estão sob algum grau de risco de extinção. No momento, tramita no Senado o texto de criação da Política Nacional de Recuperação da Vegetação da Caatinga, cujo objetivo é implementar ações capazes de reduzir (e, quem sabe, reverter) a desertificação do bioma.
“Essa região, que cobre áreas de diversos estados nordestinos, é caracterizada por uma grande escassez hídrica e vulnerabilidade ambiental e social. As condições climáticas extremas, com baixos índices pluviométricos e longos períodos de seca tornam a região suscetível à desertificação e representam um desafio significativo para as comunidades locais”, explica a senadora Janaina Farias (PT-CE) no texto do projeto. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre 2001 e 2022 mais de 12 mil hectares de floresta nativa foram desmatados. Bahia e Ceará são os que apresentam o maior índice de devastação do bioma.
A importância do projeto de lei em tramitação
O texto do projeto de lei foi desenvolvido em conjunto com o Instituto Escolhas. Ao jornal O Globo, Sérgio Leitão, diretor executivo da organização, frisa que “a caatinga já sente os efeitos dramáticos das mudanças climáticas. É preciso recuperar urgentemente o que já foi desmatado no bioma pra evitar que avance o processo de desertificação que o ameaça. E para tanto só tem um remédio: plantar árvores”.
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A Caatinga é exclusivamente brasileira e faz parte da maior área de florestas sazonalmente secas da América do Sul. Abriga uma fauna e flora diversa que, em grande parte, é endêmica, só ocorrendo naquela região.