Pesquisa Datafolha revelou que 88% dos moradores do estado de São Paulo apoiam o uso de câmeras corporais pelos policiais. A maioria respondeu que o dispositivo é uma maneira eficaz de prevenir possíveis abusos por parte de maus agentes na corporação. De acordo com o levantamento, a medida é popular entre todos os segmentos da sociedade, independentemente de classe social, gênero, credo ou etnia. O resultado se refere somente a Polícia Militar do estado, a única abrangida pelo projeto até aqui.
Desde o começo do Programa Olho Vivo, em junho de 2021, as unidades que receberam os equipamentos viram as mortes em decorrência de violência policial caírem significativamente: 80% em relação ao ano anterior, de acordo com dados obtidos pelo UOL via Lei de Acesso à Informação. No momento, 12% dos policiais ativos no estado de São Paulo utilizam o equipamento instalado nas fardas. Na capital, o 1º e o 2º Batalhão de Trânsito são os contemplados com o equipamento.
Em quatro anos, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foi de 76% a redução das mortes causadas por intervenção policial.
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Ampliação da cobertura está fora do orçamento de 2024
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública — cujo comando é do ex-Rota Guilherme Derrite — em resposta à Folha de S. Paulo, o orçamento até o fim de 2024 será aplicado “na ampliação de tecnologias e equipamentos de monitoramento para todo o estado, visando ao enfrentamento do crime organizado e a cadeia logística das quadrilhas que atuam no tráfico de drogas e de armas”. A pasta não cita planos para ampliação da cobertura das câmeras corporais, mas destaca a compra de 3.000 sistemas de leitores para a identificação de veículos roubados.