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Dignidade salarial é critério para remuneração no grupo Natura

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A Natura, gigante brasileira de cosméticos, já bateu em 2024 uma de suas metas estipuladas no projeto Visão 2030, lançado dez anos antes: atingir a dignidade salarial. Dessa forma, o grupo passa a proporcionar salários dignos – ao invés de mínimos – a seus colaboradores no Brasil e na América Latina. Com essa nova medida, os salários chegam a dobrar em relação ao piso nacional.

Atacar problemas da sociedade global

Uma série de compromissos assumidos pelo grupo Natura & Co (formado pela Natura e Avon) compõe o projeto Visão 2030, cujas ações devem ocorrer ao longo de dez anos a partir do lançamento. O plano visa discutir e viabilizar boas práticas corporativas que considerem os problemas mais gritantes da sociedade global, como crise climática, desmatamento na Amazônia e desigualdades.

A empresa, em parceria com a consultoria Mercer, definiu que a análise para remuneração deve levar em conta fatores corporativos, como nível de experiência, tempo na função e desempenho. Além dos aspectos sociais, como país, gênero, raça, entre outros mais específicos ainda, como moradia.

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Em entrevista à revista Exame, Gleycia Leite, diretora da área de Compensação, Organização e Gestão da companhia, afirma que essa é mais do que uma visão de negócio. “Estamos falando em direitos humanos, não mais apenas da questão econômica. O nosso compromisso com a dignidade busca eliminar desigualdades. Então o letramento das pessoas gera esse entendimento para sairmos das grandes bolhas sociais nas quais podemos estar inseridos”, diz ela.

Dignidade salarial para além da América Latina

O grupo também faz parte do Movimento Salário Digno do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil. Lançado há pouco mais de 20 anos, o acordo é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo e tem o apoio da Assembleia Geral da ONU. “A ideia é criar uma rede que tenha força suficiente para que outras empresas compartilhem os aprendizados e que também se envolvam. Imagina se todas as empresas oferecessem uma renda digna.” 

“Como o mundo seria e qual efeito teríamos do ponto de vista de impacto. Não só social, mas quando um indivíduo ascende socialmente ele também faz a economia progredir, outras pessoas progredirem. Existe um impacto que pode ser acelerado se, de fato, tivermos essa força coletiva”, esclarece a diretora.

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