Com direção de Alberto Renault, a 29ª edição do Festival Internacional de Documentários lançou este ano o filme Anna Mariani: anotações fotográficas. Nele o diretor retoma os caminhos traçados por ela ao longo de sua produção. A trajetória da artista é descrita na voz de Regina Casé.
Por uma década de sua vida, a fotógrafa Anna Mariani (1935-2022) se dedicou a registrar a beleza simples e singular da arquitetura do sertão nordestino. Ao longo de sete estados e mais de 100 cidades, realizou mais de duas mil capturas que desencadearam uma exposição e um livro, ambos chamados Pinturas e Platibandas. Cerca de seis meses antes de sua morte – em junho de 2022 -, Anna doou todo seu acervo de cerca de 20 mil imagens ao Instituto Moreira Salles (IMS).
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Bienal de 1987 inaugura exibição das capturas sertanejas
Em 1987, a 19ª Bienal Internacional de São Paulo exibiu, pela primeira vez, as fotografias da série arquitetônica sertaneja. Em 2010, o IMS publicou uma nova edição do livro Pinturas e Platibandas, resultado da revisão e ampliação do conteúdo por parte da fotógrafa. Desta vez, a publicação passou a contar com textos dos escritores Ariano Suassuna e Jean Baudrillard, além do compositor Caetano Veloso.
No documentário Anna Mariani: anotações fotográficas, o músico Tom Zé e o ator João Miguel interpretam escritos do livro e descrevem, eles próprios, os passos dados por Anna na realização desse trabalho sensível e original.