O projeto “Semeando florestas em terras indígenas”, lançado recentemente em Brasília, abriu oportunidades para capacitação gratuita on-line a todos as comunidades e demais públicos interessados no reflorestamento de áreas degradadas. Iniciativa do Parlamento Indígena (Parlaíndio) e da Associação Metareilá do Povo Paiter Suruí em parceria técnica com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e apoio da Embaixada da França no Brasil, tem como meta inicial proporcionar a plantação de um milhão de árvores por ano.
O curso em formato Educação a Distância (EAD) é inédito e composto por 25 videoaulas e cartilhas com boas práticas de manejo florestal. Seu conteúdo é dividido módulos que que detalham o processo de reflorestamento, como lidar com as sementes nativas da Amazônia, viveiros de pequeno porte e produção de mudas.
Criação de brigadas para restauração florestal
No lançamento do projeto, o cacique Raoni Metuktire, presidente de honra do Parlamento Indígena, afirmou que sua segunda fase consiste na mobilização de dezenas de aldeias e comunidades na Amazônia e outros biomas do Brasil para criação de brigadas indígenas a fim de empreender a restauração florestal em seus próprios territórios.
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“Nosso objetivo é atuar em novas frentes, como projetos de sustentabilidade ambiental, manejo florestal e agrofloresta valorizando o empreendedorismo e o protagonismo indígena a partir de experiências bem-sucedidas já realizadas”, afirma o cacique Almir Narayamoga Suruí, coordenador executivo do Parlaíndio e cacique geral do povo Paiter Suruí.
Lideranças de todo o Brasil
O Parlamento Indígena foi criado em 2017 após reunião de lideranças realizada no Centro de Treinamento do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em Luiziânia (GO). Dela participaram caciques tradicionais como Raoni Metuktire, Aritana Yawalapiti, Almir Suruí, Davi Kopenawa, Megaron Txucarrame, Paulinho Paiakan, Afukaká Kuikuro, Álvaro Tukano, entre diversos outros.
