Se entre nós estivesse, o cientista e compositor Paulo Vanzolini completaria 100 anos no último abril. Mas apesar de sua ausência física, contamos com a imortalidade de seu legado frente à ciência e a música no Brasil. Nascido em São Paulo, teve seu caminho cruzado ao de personalidades como Drauzio Varella — de quem foi professor —, Elza Soares e Inezita Barroso — que deram voz às suas composições.
Como bom paulistano que foi, retratou a boêmia e cantou, cheio de sensibilidade, sobre o cotidiano em sua terra natal. Em “Samba Erudito”, “Praça Clóvis” e “Ronda”, sonorizou as noites em São Paulo de tal maneira que os ouvintes sentiam-se parte naquele todo paulistano.
Fundação de amparo à pesquisa
Como se não bastasse, Vanzolini deixou suas marcas no desenvolvimento científico brasileiro, sendo um dos criadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Contribuiu também com a construção do acervo do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), do qual foi diretor por 30 anos. Além de músico, ele se especializou em herpetologia — ciência que estuda répteis e anfíbios — na Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
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Em homenagem a Paulo Vanzolini, em seu canal no YouTube a TV Cultura lançou um documentário que celebra a vida e a obra do cientista, compositor e admirável paulistano. “Cobras, Lagartos e Música – 100 Anos de Paulo Vanzolini é um tributo à genialidade e à paixão de um homem que dedicou sua vida à ciência e à música, enriquecendo a cultura brasileira de forma inigualável”, enaltece a emissora.