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Dia Nacional do Funk é oficializado no Brasil

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Depois de ganhar o Brasil e o mundo, o funk acaba de conquistar um espaço no calendário oficial brasileiro. Sob o Projeto de Lei 2229/21, o governo instituiu 12 de julho como Dia Nacional do Funk, como forma de reconhecer e valorizar o ritmo que dá voz às periferias brasileiras e transforma a vida de jovens que fazem dele a matéria-prima para suas carreiras.

A data foi escolhida para reverenciar o Baile da Pesada, festa clássica e pioneira do gênero musical. No estado de São Paulo, o Dia do Funk já é celebrado em 7 de junho, como homenagem ao funkeiro MC Daleste, assassinado durante seu show na cidade de Campinas, em 2013.

Expressão cultural enraizada nas favelas brasileiras, o funk fala, principalmente, sobre o dia a dia periférico, prazer, juventude e sonhos. Envolvido por um ecossistema que compreende artistas, produtoras, gravadoras e comércio, o ritmo se tornou ponte para centenas de jovens marginalizados que encontram nele maneiras de empoderar a si e suas comunidades.

À Agência Brasil, DJ Marlboro, pioneiro na produção do funk carioca, conta: “Quanto mais artistas tinha na favela, menos violenta ela era. Vão surgindo outras pessoas como exemplo de vida de ascensão, de cidadania, de vida melhor”. 

São Paulo terá Escola de Música e Funk para profissionalizar artistas

Maior baile funk do país, o Baile da DZ7 é realizado na favela de Paraisópolis (zona sul da capital paulista), reunindo milhares de participantes a cada edição. Raul Nunes, morador da comunidade, produtor e dono do Club da DZ7, instalado na mesma rua em que a festa acontece, idealizou outro projeto para o local: a Escola de Música e Funk.

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O projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura para captação de R$2,5 milhões junto à Lei Rouanet. A realizadora será o Instituto DZ7, que tem Raul à frente das articulações. A previsão é de atendimento a 1,2 mil pessoas anualmente, formando profissionais capazes de atuar no setor cultural.

Os cursos pretendidos são: produção musical, canto, edição de vídeo, composição, dança, informática, design e empreendedorismo. As favelas de Paraisópolis e Heliópolis — que abriga o Baile do Helipa, um dos mais famosos da capital — devem ganhar, cada uma, sua própria unidade. A entrega está planejada para 2025.

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