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Devagar, devagarinho e sempre: Martinho da Vila lança livro de memórias

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Aos 86 anos de idade, o sambista, pesquisador e escritor Martinho da Vila lança seu livro de memórias lembrando que “o samba foi mal visto e mal falado por muito tempo, assim como fazem com o funk hoje”. (São) “Jovens negros lutando por um espaço na cultura e na música brasileira”. A publicação Martinho da Vida foi o gancho para o compositor enfatizar a dura caminhada para atingir o sucesso. “Para subir na escala social, sendo negro, é muito difícil.”

Como diz, “a classe dominante tenta a todo custo manter o pessoal de base por baixo. Sair dessa posição é subir um degrau depois do outro para, pelo menos, entrar na vida”. E assim ele fez: “Devagar, devagarinho”, bordão que cantou num de seus maiores sucessos.

Em suas memórias de quase 70 anos de música, 38 de escrita — mais de 20 livros publicados —, Martinho da Vila também conta sobre a censura ao samba “Menina moça”, sofrida na ditadura militar. Mas, claro, repassa também sua trajetória musical, sua vida e amadurecimento pessoal, e a convivência com seus oito filhos, entre eles a cantora Mart’nália. O lançamento ocorreu na Feira do Livro deste ano.

Literatura prolífica

A produção literária começou quando convidado pela editora Global para participar da série infantil Quem canta, conta, juntamente com outros artistas. “Escrevi, mas o livro não ficou infantil: ‘Vamos brincar de política?’”, disse certa vez, sorrindo.

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Em 1988, no centenário da abolição da escravatura, criou o samba-enredo campeão pela escola de samba Unidos de Vila Isabel “Kizomba, festa da raça”, que se transformou no livro Kizombas, andanças e festanças, onde conta muito do que viveu. Publicou ficções como Joana e Joanes (1999), textos reunidos em 2018: crônicas de um ano atípico e muitos livros para jovens, casos de Martinho conta Cartola e Martinho conta Noel, ambos de 2021.

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