Parceria entre o Instituto Mojo e a Editora Sesc, o projeto Literatura Livre busca transformar obras classificadas como “domínio público” em títulos que, de fato, estejam em domínio dele. Com curadoria de Ricardo Giassetti, principal articulador do Mojo, mais de 100 publicações foram traduzidas e disponibilizadas gratuitamente no site da organização, com notável variedade de autores, gêneros e narrativas. Até agora, foram mais de dez milhões de downloads.
Ao site Music Non Stop, Ricardo afirmou que “de nada adianta liberar os originais se eles não estiverem bem traduzidos, bem diagramados e disponíveis gratuitamente no país. Este é o objetivo do Literatura Livre”. A coleção digital publicada pelo instituto está disponível nos formatos PDF (compatível com qualquer dispositivo) e e-Pub (voltado aos usuários de Kindle) e é de consumo livre, não sendo preciso cadastro para baixar os livros.
O conjunto mais recente de publicações disponibilizadas por essa parceria tem como pauta os movimentos migratórios para o Brasil e a riqueza das experiências culturais decorrentes dessa ação histórica. Segundo o Sesc São Paulo, o “Literatura Livre colabora para difundir o acesso à cultura de diferentes países e estimular a leitura, reafirmando os propósitos educativos das ações socioculturais do Sesc”.
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Quando uma obra se torna de domínio público?
70 anos depois da morte de um autor sua obra passa a ser de domínio público. Isso quer dizer que suas criações podem ser reproduzidas ou republicadas sem implicação de pagamentos por direitos autorais. Com isso, passadas sete décadas para a capitalização do item, ele se torna um produto à disposição da humanidade, onde contribui para democratizar o conhecimento. “Este projeto traz esse tipo de oportunidade: entregar matérias de uma riqueza muito grande, histórica e cultural que, de outra maneira, nunca seriam lidas aqui (no Brasil)”, reflete Giassetti.